“A fala é o ato motor que expressa a linguagem. Não participam dela apenas lábios e língua. A fala envolve um processo muito complexo, chamado de sistema neuromuscular. Esse sistema envolve o cérebro e músculos.”
O bebê começa a se comunicar com o mundo desde os primeiros dias de vida. Com o passar do tempo ele vai começando a explorar sua boquinha, aprendendo a separar o movimento da linguinha da mandíbula, que até então só se movimentavam juntos para poder amamentar.
Nessa descoberta eles vão testando novos sons, o chamado balbucio. E é a partir dessas tentativas de articulação, que vão ganhando significado, e vai se desenvolvendo a fala.
Lábios, língua, bochechas, palato mole e duro, dentes, mandíbula, faringe, laringe e a respiração podem interferir na produção da fala.
Aos pouquinhos a criança vai utilizando as palavras para descrever o que vê, ouve, sente e pensa, de acordo com a sua aquisição de linguagem e o desenvolvimento motor. Alguns fatores podem prejudicar a aquisição de fala, como atrasos de linguagem, uso de chupeta prolongado, respiração oral, alergias respiratórias e alimentares, problemas sensoriais e auditivos, entre outros.
Aos 4 anos e meio a criança já deve estar conseguindo pronunciar todos os sons da fala. A ordem de aquisição dos fonemas ocorre de acordo com o grau de dificuldade de articulá-los. Os mais difíceis geralmente são os últimos, por dependerem de um ato motor mais complexo.
- • 18 meses: b, m
- • 2 anos: p, t, d, n
- • 2 anos e meio: k, g, n
- • 3 anos: f, v, s, z
- • 3 anos e meio: x (ch), j
- • 4 anos: l, lh, r, rr, s e r intermediários e encontros consonantais
Os sons geralmente são adquiridos nessa ordem, mas podem variar de criança para criança, exceto o prazo final de aquisição.
O papel do fonoaudiólogo é identificar o que está gerando o atraso ou trocas na fala, compreender de onde ele vem, solucionar o problema e os prejuízos da fala.