“Apesar de aparentemente simples, comer é uma tarefa bem complexa que envolve várias etapas. Cada uma delas está relacionada com um conjunto de habilidades motor oral e sensorial.”

Introdução Alimentar

A introdução alimentar é uma etapa muito importante no desenvolvimento da criança. Ela vai estimular o desenvolvimento e crescimento da boquinha do bebê, além de ser fundamental na maturação do estômago e intestino.

Para a criança se alimentar ela depende de um bom desenvolvimento motor e físico e habilidades orais e sensoriais, assim como a motivação, o contexto familiar e emoções também estão envolvidos.

Além disso, outros fatores podem interferir na alimentação, no apetite ou conforto para engolir, como dores agudas (otites, nascimento de dentes, gripes, etc) ou problemas crônicos (alergias alimentares, refluxo gastroesofágico, prematuridade, etc). Vômitos constantes, engasgos e ânsia podem fazer com que a criança relacione a comida com desconforto, impactando a parte emocional.

Recusa Alimentar

O bem estar físico e emocional da criança favorece que seja receptiva à novas experiências, principalmente relacionadas à alimentação. Alguns problemas podem gerar um impacto negativo na experiência alimentar da criança, afetando seu prazer no aprendizado de comer. Entre eles, e muito comum, podemos destacar vômitos e engasgos de repetição, que geram além de um desequilíbrio oral, impacto emocional.

Quando a criança não está bem ela pode não estar disposta e curiosa a aprender, especialmente se ela apresenta desprazer na boca, no que se refere à alimentação. O sistema gastrointestinal está relacionado diretamente com a boca, e qualquer problema nele pode influenciar no apetite, vontade e o desejo de comer.

Quando os bebês e crianças apresentam dor e desconforto durante ou logo após a alimentação, repetidas vezes, eles associam esse momento a dor e desconforto, fazendo com que reajam com ansiedade, medo e angustia.

Refluxo Gastroesofágico e Alergias Alimentares

O refluxo gastroesofágico (RGE) pode acarretar muitos prejuízos para o desenvolvimento do bebê. O excesso de vômito, especialmente se for ácido, volta machucando todo o esôfago e desorganizando a boquinha do bebê. O RGE pode ser isolado – todos os bebês nascem com ele pois está relacionado com a maturidade -, como também pode ser sintoma de outros problemas, como alergias alimentares.

Os episódios repetidos de cólicas intestinais seguidos de vômitos geram um desconforto enorme fazendo com que a criança relacione esse momento de se alimentar, seja com leite ou alimentos, com dor e desconforto. Esse conjunto de fatores faz com que a alimentação seja um momento de estresse para toda a família.

Além disso, a alergia alimentar faz com que o bebê tenha restrições em relação aos tipos de comidas, reduzindo a variedade. Essa restrição alimentar faz com a criança não explore a boca, sabores e texturas, deixando-a com poucas possibilidades de melhorar sozinha.

Terapia Fonoaudiológica

Problemas assim podem prejudicar desde a introdução até a diversidade alimentar.

Se houver dificuldades em algum momento, é importante procurar ajuda qualificada e não apenas insistir e forçar a criança a comer e experimentar novos alimentos, pois isso pode prejudicar muito o quadro.

O tratamento é multiprofissional, e o fonoaudiólogo vai dar condições dessa boquinha receber alimentos sem forçar ou gerar mal estar no bebê, para que a alimentação ocorra de forma prazerosa e saudável. A laserterapia pode auxiliar no tratamento pois tem a função de regularizar a sensibilidade intraoral e reduz o reflexo de vômito.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”1/12″][/vc_column][/vc_row]